O ópio do povo. (Yuri Quintela/ Rui Sampaio)

Templos e altares erguidos em seu nome Arrecadação monetária em seus arredores Falsos mensageiros da palavra Fingem se importar com a fome Mas há corrupção em cada um de seus corredores Enquanto nossa alma se lavra. É fato que nos querem em uma linha linear É tão mais fácil de dizer “é proibido” quando se quer alienar Acaba-se por crer que vale mais o discurso de valor Tona-se insensato buscar, questionar, se incomodar O ópio do povo que não os permite aceitar Que no mundo da verdade ninguém será o senhor. Vocês decidem quem vai para a fogueira, quem deve queimar Quem devemos julgar, condenar, deixar de auxiliar Vocês decidem naquilo que devemos acreditar Outrora em quem deveríamos obedecer, temer, respeitar Vocês decidem o que devemos ler, escrever, censurar Outrora nos dizia quem tinha alma e quem deveríamos amar. Querem impor leis em cima do "livre arbítrio" Querem tributos de quem não tem o que oferecer Condenam o crime...