SALA DE ESPERA (1964) - (part. Valéria Rélvia)




Estava só no canto sujo da parede
E o vento que não sinto lá fora me chamando
Tantas estrelas, luzes, azul negro do céu à noite
Já nem sei o que estou esperando.

A voz forte, era o que eu não queria ouvir
Mas eu não estava lá por opção
Nem queria ninguém por perto
Aquela voz, aquela voz era PRISÃO.

Queria era apenas um motivo
Para sorrir, para sobre-existir
Resistir ou até mesmo fugir.

E seu eu sair deste quarto
Quem garante que não
Serei preso em outro? Não!
Encontro um meio de fazer
Meu grito chegar a outros
Mas não adianta, não!
Aqui onde morram os pesadelos
Meu inferno particular quer se elevar
Só mais um grau de ensejo.

Eis que alguém entra
Acho que irá me salvar
Mas é ele que trás ela junto
Me leva consigo e deixa ela
No mesmo canto sujo da parede
E enquanto a luz passa 
Vejo seu rosto destroçado
É inútil,já estava perdido
E me pergunto, meu Deus!
O que fizeram com ela?
O que farão comigo?

(Poesia escrita em 2014)


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