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Mostrando postagens de julho, 2016

Desabafo frustrante de um escritor brasileiro.

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Por Rui Sampaio          Uma boa parte da população não consegue compreender o que é ser escritor. Alguns veem apenas como alguém que escreve bem, outros nem se quer consideram como profissão, outra parte quando se fala em escritor tem em mente uma imagem de alguém bem sucedido, reconhecido e culto, aquela pessoa que se destaca pela paciência e criatividade para preencher um monte de páginas, bem, culto é um bom adjetivo que até se enquadra, apesar de não ser uma regra geral, porém ser reconhecido é algo que demanda tempo, bastante tempo e ser bem sucedido nesta carreira é quase uma questão de sorte, tão utópico quanto acertar na loteria, quando pensamos em escritor brasileiro nossa primeira referência é Paulo Coelho com uma carreira que qualquer um gostaria de ter, autor de milhões de copias vendidas e com o detalhe de que é muito reconhecido fora do Brasil.             Ser escritor brasileiro é viver uma saga de bastantes desafios e problemas, desde administrar seu tem

PRAZER, SOU ELEITOR. (POESIA)

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ESTAMOS EM ANO DE ELEIÇÃO E  NADA MELHOR DO QUE UMA REFLEXÃO SOBRE A NOSSA DEMOCRACIA E POLITICA BRASILEIRA. Minha carteira de trabalho inútil  Agora é uma agenda telefônica Pago mais pelo imposto do que o produto Meu titulo é um artigo de venda e compra. Eles estão cada vez mais poderosos São os donos e eu escravo do capital Democracia é um jogo de xadrez  Nos dão pão e circo, futebol e carnaval. Sou um cidadão obrigado a votar Mas o cabresto só mudou de nome Brasil é um país livre, dizem que é republica Mas ainda há gente que vota e morre de fome.

FUNERAL ( Raysa Gonçalves/ Rui Sampaio)

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Foste a carne, a matéria, o palpável Quiseras tu encontrar sempre um alento Agora andas desolado, sem destino, sem acalento Desfigurado por uma dor intima e irremediável. As chagas do teu amor doentio Não sustentam pilares de ouro O sangue coalhado de teus inimigos Não afagam meu peito, andas louco. Eu corria contra o tempo, não conseguia seguir em frente Ouvia os gritos de misericórdia, via as dores antigas Alimentava o ódio que herdei ainda menino Caia infinitamente no abismo que insisti em manter aberto Cheguei ao chão que pensei ser inexistente Devolvi o tormento que meus genitores me deram Voei sobre o mar de indecisão, da crença ao pagão Provei que seguiria meu caminho mesmo que duvidassem Me enchi de ouro, esvaziei-me do amor O erro ficou, a bondade se perdeu Me tornei seco como árvore abandonada Meus frutos são doces espadas nos inimigos de minha infância Sozinho me enterrei nos braços do meu lúcifer: EU! Fiz um funer

Super Humano (Poesia)

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Eu sou só um garoto Um garoto com um sonho bobo Querendo voar longe Sem entender que pode ser perigoso Não posso alcançar o mundo todo Não tenho uma capa vermelha Não posso me ferir sem sangrar Não posso te salvar Eu sou só um garoto Um garoto com uma ideia boba Sem entender como o mundo é cruel Vendo esperando no horizonte Onde ninguém mais pode enxergar Não posso ir tão longe Não consigo subir e voar Não sei como te libertar da dor Não tenho tanta força para lutar Sou só um garoto bobo Com um simbolo no peito Com uma ideologia e um vil desejo Querendo ter valores para se orgulhar Não tenho um anel verde de poder Não sou capaz de pela galáxia viajar Não sou mais do que o comum Não posso te resgatar.